Cláudio Dalledone assume caso Ísis Victória; Divisão de Homicídios e Tigre entram nas buscas pela jovem



A Divisão de Homicídios e o Grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) da Polícia Civil devem entrar nas buscas por Ísis Victória Mizerski, jovem de 17 anos que está desaparecida há 20 dias. A informação foi divulgada por Claudio Dalledone, advogado da família, nesta quinta-feira (27). 

Além disso, Dalledone afirmou em coletiva de imprensa realizada em Curitiba, que o secretário de segurança Hudson Teixeira garantiu que todos os meios serão utilizados para encontrar a adolescente. “Ele me garantiu, eu representando a família, de que todos os meios para encontrar Ísis serão estabelecidos pelo estado do Paraná. É uma preocupação hoje. E é o ponto de pauta número um da Secretaria de Segurança Pública”, disse Dalledone. 

O advogado da família falou também que a prioridade neste momento é encontrar a jovem desaparecida, com ou sem vida e que o desaparecimento precisa ser investigado. “Na segunda-feira (1º), o aparato da secretaria de segurança deve entrar em operação. A polícia precisa o quanto antes entrar de uma maneira ainda mais volumosa”, explicou. 

Moradores de Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, marcaram uma passeata para o próximo sábado (29) em prol das buscas por Ísis Victória Mizerski, jovem que está desaparecida há 21 dias.  O Corpo de Bombeiros concluiu as buscas no local onde o celular da jovem emitiu o último sinal. Contudo, nesta quarta-feira (26) os bombeiros realizam buscas nas proximidades do Rio Tibagi.

Desaparecimento de jovem completa 21 dias

Nesta quinta-feira (27) completa 20 dias que Ísis Victoria Mizerski, de 17 anos, está desaparecida. A adolescente desapareceu no dia 6 de junho de 2024, em Tibagi, após sair de casa para encontrar um homem, de aproximadamente 35 anos. A jovem estaria grávida do rapaz e marcou o encontro para discutir sobre a gestação.

Marcos Vagner de Souza, conhecido como Marcos Rone, é casado, pai de três filhos e trabalha como vigilante. Ele teria admitido o relacionamento amoroso com Ísis e contou que viveu apenas um ‘lance’ extraconjugal com a adolescente, no momento em que estava separado da esposa. Em mensagens, o homem chegou a relatar que não via Ísis desde o início de maio. Já familiares da adolescente repassaram poucas informações sobre o relacionamento da adolescente com o suspeito.

A residência de Ísis fica a cerca de 1,7 km da casa onde Marcos morava. Após o desaparecimento, o homem não foi mais visto no local e se entregou à polícia no dia 17 de junho em Francisco Beltrão, a mais de 400 km de Tibagi, onde possui familiares.

No mesmo dia em que Ísis desapareceu, uma mensagem foi enviada do celular da adolescente para a mãe e apagada logo em seguida. Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a mensagem continha a localização atual da adolescente, às 18h15, do dia 6 de junho.

O delegado Jonas Avelar revelou em entrevista que a atitude de enviar a localização pode indicar que a adolescente sentia algum risco. Esta foi a última comunicação entre Ísis e um familiar. Também não é possível afirmar se foi Ísis quem apagou a mensagem ou se o conteúdo foi excluído a mando de alguém.

Sinal do celular em matagal

Logo após a mensagem com a localização ser apagada, o telefone celular de Ísis foi desligado. Segundo a investigação, o último local onde o aparelho telefônico da adolescente emitiu sinal é em um matagal, em Telêmaco Borba, a cerca de 40 km de Tibagi.

A investigação também revelou que nos dois dias seguintes ao desaparecimento de Ísis (7 e 8 de junho), o suspeito Marcos Rone esteve na região onde o celular da adolescente emitiu sinal. Porém, ainda não se sabe o motivo pelo qual o vigilante esteve no local.

Surge um novo suspeito

Na segunda-feira (17), um novo suspeito de envolvimento no desaparecimento da jovem Ísis apareceu, após duas testemunhas afirmarem que viram a jovem perto do carro de um ex-namorado, que estava preso. Elas alegam que ele já havia tentado matar a adolescente anteriormente. O ex negou envolvimento no caso e disse que foi preso por descumprir uma medida protetiva obtida pela menina. “Ela foi atrás de mim e da minha atual mulher e quebrou o carro. Eu então fui atrás dela a pé, quando ela caiu e se machucou. Aí que ela conseguiu a medida. Já fui condenado e já paguei na prisão”, explicou. 


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