Policial civil do PR é investigado por devolver máquinas caça-níqueis a grupo criminoso suspeito de exploração de jogos ilegais


 Um policial civil de Umuarama, no noroeste do Paraná, está sendo investigado por devolver máquinas caça-níqueis a um grupo criminoso suspeito de praticar exploração de jogos ilegais na cidade. Os equipamentos tinham sido apreendidos durante um mandado de busca e apreensão em fevereiro e foram entregues à organização em março.

Os nove integrantes do grupo e o policial estão sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e foram denunciados em outubro deste ano.

Nesta terça-feira (25), foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva durante as operações Alcova II e Successione IV. Celulares, equipamentos eletrônicos, documentos e anotações foram apreendidos e serão periciados.

Segundo o promotor Guilherme Franchi, na atual fase da operação Alcova, com o apoio do 25º Batalhão de Polícia Militar, foram presos dois homens investigados por integrar o grupo e proprietários de dois bares na cidade.

Os nomes deles não foram revelados.

Etapas da investigação

O g1 teve acesso ao documento da denúncia. O caso passou a ser investigado em janeiro deste ano, por meio de um inquérito policial que apurou os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, exploração de jogos de azar e lavagem de ativos.

No dia 19 de fevereiro, locais suspeitos foram vistoriados e policiais apreenderam 16 máquinas caça-níqueis, dinheiro em espécie, celulares, talonários de jogo do bicho e tickets de jogos em dois bares de Umuarama.

Conforme o documento da denúncia, o celular do responsável por um dos estabelecimentos "evidenciou a participação dos demais denunciados em uma organização criminosa especializada na exploração de jogos ilegais".

Durante a investigação, também foi apurado que um policial civil da 7ª Subdivisão Policial de Umuarama, pegou sete máquinas caça-níqueis que estavam na apreendidas na delegacia, no dia 12 de março, e devolveu aos integrantes da organização criminosa. O caso deu origem a abertura de outro inquérito policial para investigar o crime de peculato.

No dia 25 de setembro foi realizada a primeira fase da operação Alcova, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços dos investigados. Em um dos locais, a polícia recuperou uma das máquinas que havia sido retirada da delegacia.

Após a operação, os 10 investigados foram denunciados no dia 23 de outubro, pelos crimes de formação de organização criminosa, peculato e exploração de jogos de azar e jogo do bicho. Na denúncia, o MP-PR também solicitou a decretação da perda do cargo público do policial.

Em nota, a Polícia Civil (PC-PR) informou o policial continua atuando na função, pois, até o momento, não houve determinação judicial para o afastamento.


Via g1

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