O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), da Polícia Civil do Paraná, em Cascavel, fez um alerta à comunidade após a constatação de uma falsa denúncia envolvendo violência sexual.
A orientação é dirigida especialmente a pais, responsáveis, educadores e adolescentes, destacando a responsabilidade legal e social que envolve qualquer comunicação de crime, principalmente quando se trata de situações sensíveis como abuso sexual contra menores.
De acordo com a unidade especializada, um procedimento recente revelou que uma adolescente de 13 anos inventou ter sido vítima de violência sexual. Durante a apuração, ela admitiu que criou a história por estar contrariada com os responsáveis, que não a autorizaram a participar de uma festa de aniversário.
A Polícia Civil explica que atribuir falsamente um crime a outra pessoa leva à abertura de investigação e caracteriza, em tese, um ato infracional equivalente ao crime de denunciação caluniosa. Além de mobilizar indevidamente a rede de proteção e o sistema de justiça, esse tipo de conduta pode prejudicar inocentes e comprometer recursos que deveriam ser destinados a casos reais.
A Delegada Thais Zanatta reforça que a adolescência é um período marcado por conflitos e emoções intensas, mas que a solução nunca deve passar pela criação de relatos falsos. Ela orienta que a família mantenha diálogo constante com os jovens e busque suporte especializado sempre que houver dificuldade na mediação de limites e regras.
O Nucria ressalta que todas as denúncias reais devem ser encaminhadas imediatamente aos órgãos competentes e que a escuta de vítimas deve ser feita por profissionais capacitados, garantindo segurança e acolhimento.
Para casos suspeitos, os canais de atendimento são:
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Nucria Cascavel (PCPR): (45) 3226-7023
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Conselho Tutelar
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Disque 100 (Direitos Humanos)
A Polícia Civil reforça que proteger crianças e adolescentes é prioridade, mas que a efetividade da Justiça depende da veracidade de cada relato.
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