Em um mercado dominado pelo atendimento a cães e gatos, a médica-veterinária Dra. Hidemi Kelly Nishimura escolheu um caminho singular e de crescente demanda: o cuidado com animais silvestres e exóticos. À frente de uma clínica especializada, ela se tornou referência para donos de pets incomuns e para a fauna local.
Seus pacientes são tão diversos quanto exóticos: de papagaios, jabutis e iguanas a serpentes e aves de rapina. Além da rotina clínica, Dra. Hidemi atua como professora na UNIVEL (Centro Universitário de Cascavel) e oferece suporte ao Zoológico de Cascavel.
"Cada animal é um universo. Uma calopsita com infecção respiratória ou um jabuti com casco fraturado exigem abordagens completamente diferentes das usadas em cães ou gatos", explica a Dra. Hidemi, que possui especialização em manejo clínico e cirúrgico de espécies não convencionais.
O Desafio dos Animais "Não Convencionais"
Nem todos os bichos atendidos pela veterinária são da fauna brasileira. Ferrets (furões), pítons, aves africanas e pequenos mamíferos importados também fazem parte do dia a dia. A especialista alerta que o grande desafio é a desinformação.
"Muitas pessoas compram por impulso, sem saber que esses animais precisam de luz UVB, alimentação balanceada, espaço adequado e acompanhamento veterinário regular", adverte.
A veterinária esclarece a diferença crucial:
Animais Silvestres: Pertencem à fauna nativa brasileira. Exemplos: jabutis, papagaios, araras.
Já os exóticos são espécies de outras regiões do mundo como por exemplo os porquinhos-da-índia e as chinchilas.
"Silvestres brasileiros, mesmo nascidos em cativeiro, são protegidos por lei. Já os exóticos podem ser legalizados, mas exigem cuidados muito específicos", ressalta.
O trabalho da Dra. Hidemi transcende o consultório, englobando ações de educação ambiental, combate ao tráfico de animais e projetos de reabilitação de espécies nativas, em parceria com órgãos ambientais e universidades.
"Cada animal silvestre atendido é uma vida que pode voltar à natureza. É também uma oportunidade de sensibilizar a população sobre a importância de preservar a fauna brasileira", reforça.
A especialista destaca a importância da posse responsável: verificar se a espécie é permitida pelo IBAMA, exigir documentação legal na compra e, fundamentalmente, procurar orientação veterinária antes de qualquer adoção ou resgate.
O Impacto Silencioso dos Fogos de Artifício
Um ponto pouco discutido é a sensibilidade de silvestres e exóticos a ruídos altos. Papagaios, calopsitas, corujas entre outros animais podem sofrer estresse intenso e traumas graves devido a fogos de artifício.
"Esses animais têm o sistema nervoso extremamente sensível. Muitas calopsitas, por exemplo, se debatem na gaiola tentando fugir do som, e podem quebrar asas ou bico", explica a Dra. Hidemi.
Para proteger os pets durante a queima de fogos, ela recomenda: mantê-los em local fechado, escuro e silencioso, cobrir a gaiola com tecido leve e, se necessário, utilizar calmantes naturais sob prescrição veterinária.
Além dos atendimentos particulares, a clínica recebe animais resgatados de acidentes, maus-tratos ou tráfico. Após o tratamento, o destino desses animais é definido pelo Instituto Água e Terra (IAT), que coordena a rede de Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS).
"Nosso papel é garantir o tratamento necessário. Mas quem avalia a reintrodução ou destinação final é o órgão ambiental. Nem sempre a soltura é possível", finaliza.
A atuação da Dra. Hidemi Nishimura reflete a expansão da medicina veterinária de não convencionais no Brasil, aliando conhecimento técnico, sensibilidade e profundo respeito à vida selvagem.
Serviço
Clínica Dra. Hidemi Nishimura – Medicina de Animais Silvestres e Exóticos
📍 Rua Riachuelo, 2872 – Country – Cascavel, PR
📞 (45) 99953-5451
📱 Instagram: @dra.hidemi.exoticos
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