O Brasil vive um dos momentos mais delicados, econômica e diplomaticamente de sua história, e uma mudança consistente de rumos dependerá do resultado das eleições do ano que vem. Quem afirma é o senador Sergio Moro (União Brasil), que está em caravana pelas regiões do Paraná e participou, na tarde desta sexta-feira, 25, de encontro com líderes e empresários na Acic. Moro foi recepcionado pelo presidente Marcio Blazius e diretores, e pelo presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), o ex-presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos.
Moro aproveita o recesso parlamentar para percorrer o Estado e fazer balanço do seu mandato no Senado. Ele falou da postura do Congresso em rejeitar o aumento do IOF e da intromissão indevida do STF em derrubar a decisão, o que, segundo o senador, abre um precedente perigoso aos trabalhos legislativos. Moro disse que o tarifaço do Governo Trump ao Brasil é desproporcional, principalmente porque há equilíbrio na balança comercial dos dois países e que a taxação de 50% atende a questões políticas.
Alguns setores serão prejudicados com o aumento das tarifas, mas o País sobreviverá à cobrança, afirmou o senador. No entanto, ele lamenta a postura do governo federal que, em vez do diálogo, utiliza estratégicas unicamente voltadas a ganhos eleitorais. Os posicionamentos de Lula sobre as guerras e a aproximação do Brasil de países hostis à liberdade são movimentos que preocupam o senador. O parlamentar disse preferir redes sociais, mesmo com seus problemas, amplas às mais diferentes discussões do que controladas pelo governo. O cerceamento do debate público e o uso da máquina da justiça para calar opositores foram criticados por Moro.
Pré-candidato
Mesmo não se declarando candidato, Moro reconheceu que, provavelmente, será um dos postulantes ao governo do Paraná nas eleições do ano que vem. “Nosso maior desafio, em 2026, será vencer Lula e a esquerda para que o País volte a crescer. No mínimo, precisaremos de contrapontos caso o que esperamos não aconteça. E, no Paraná, a ideia é trabalhar forte contra a corrupção, contra a criminalidade e incentivar a inovação e o empreendedorismo. Ao responder questionamentos, Moro criticou a reforma tributária que, segundo ele, defende o desenvolvimento pelo Estado, com ampliação de impostos e concentração de poder em Brasília.