O adolescente de 14 anos que matou os pais e o irmão de três anos, em Itaperuna, no Rio de Janeiro, chegou a pesquisar como sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de uma pessoa morta. Isso porque o jovem descobriu haver cerca de R$ 33 mil em nome do pai.
Conforme a 143ª DP, que investiga o caso, a suspeita surgiu após uma pesquisa ser encontrada no celular do adolescente, que foi apreendido nessa quarta-feira (25). O menino confessou, com frieza, que atirou nos pais e no irmão, após os responsáveis não deixarem ele se encontrar com uma jovem de 15 anos em Mato Grosso, com quem tinha um relacionamento virtual. De acordo com os policiais, o crime ocorreu no último sábado (21). Ainda segundo as investigações, os adolescentes se conheceram durante um jogo online.
Conforme o delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pela investigação, o crime chocou até os investigadores.
“Tudo isso cria esse enredo cabuloso, horrendo, que tirou a vida da própria família, sem qualquer motivação concreta, e também a própria vida dele. Inclusive, indaguei sobre o irmão, uma criança pura, que nada tinha a ver com o relacionamento, e ele respondeu que o matou para que não sofresse com a perda dos pais”, afirmou o delegado à CNN.
A arma usada no crime estava debaixo da cama e era registrada no nome do pai, que tinha autorização como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). O jovem jogou os corpos dentro da cisterna da casa para ocultar os cadáveres. Os pais do jovem tinham 45 e 37 anos.