Mais de 13 toneladas de lixo foram retiradas de uma única casa nesta sexta-feira (30), em Maringá no norte do Paraná. Devido à gravidade da situação, o morador de 38 anos foi preso pelo crime de poluição ambiental.
A entrada no imóvel foi autorizada por meio de uma decisão judicial. Os materiais foram retirados em uma operação de limpeza realizada por equipes das secretarias de saúde, limpeza urbana e infraestrutura de Maringá. A ação também também reuniu agentes da Guarda Civil Municipal.
Essa foi a terceira vez que agentes da prefeitura estiveram no imóvel para fazer a remoção do lixo.
A nova entrada no local atendeu uma solicitação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que entendeu que o imóvel estava causando perigo à saúde pública, com risco de multiplicação de vetores da dengue, escorpiões e outros parasitas.
O homem foi levado para a delegacia de Maringá, onde segue à disposição da Justiça. A pena para o crime de poluição ambiental pode variar entre um a quatro anos de prisão.
De acordo com o secretário de segurança pública e mobilidade urbana Luiz Alves, o município também está mapeando outros locais onde também há acumulo de resíduos e deverão passar por limpeza.
“É importante que o município faça a limpeza do local, como fez hoje, porque o acúmulo de resíduos gera consequências que vão além do próprio morador e impacta todo o bairro. É uma residência de diversas outras que estamos mapeando e toda a responsabilização tem que ser aplicada para esses casos”, afirmou o secretário.
Ele orientou que casos como este podem ser denunciados por meio do telefone 156 da Ouvidoria Municipal.
Maringá contabiliza seis mortes por dengue
Nesta sexta-feira (30), o município confirmou a 6ª morte por dengue. Cinco ainda estão em investigação. Até o momento, Maringá tem 3.313 casos confirmados da doença.
Segundo a prefeitura, não foi possível identificar quantos focos de dengue havia no imóvel onde o lixo foi removido nesta sexta. Contudo, o munícipio informou que o local era acompanhado pela equipe do Programa Municipal de Controle da Dengue.
"Esses acumuladores trazem um risco eminente para o município, porque daqui saem os criadouros que se multiplicam em qualquer recipiente que acumule água e isso multiplica o contagio e o número de contaminados, levando inclusive a óbitos", explicou o secretário de saúde Antônio Carlos Nardi.
Via g1
