O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), acaba de lançar o Caderno Orientador para as Conferências Municipais de Políticas Públicas para Mulheres. Com 53 páginas em formato digital, o caderno apresenta o que é uma conferência e oferece uma proposta de agenda para o evento municipal.
Também traz em seus anexos os eixos da conferência municipal, apresenta o protagonismo regenerativo para mulheres e algumas das protagonistas da história da mulher brasileira – de Nísia Floresta, editora do Primeiro Jornal Feminista do Brasil, em 1832, até a médica pediatra Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, em 1983.
Os municípios têm de realizar suas conferências a tempo de enviar as propostas surgidas nos encontros locais para a V Conferência Estadual, que será de 5 a 7 de agosto, em Foz do Iguaçu, e terá como tema "As mulheres, os territórios e as cidades". A secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, destaca que as conferências são um espaço de escuta ativa, construção conjunta e afirmação da democracia.
“O espaço das Conferências da Mulher não é apenas um encontro, é um convite para que juntas possamos ouvir, dialogar e construir novos caminhos, com a força e a sabedoria que cada uma de nós carrega”, diz a segurança.
“O tema da conferência estadual deste ano é uma convocação para olharmos para a realidade viva das mulheres, em sua diversidade e multiplicidade de vozes. Precisamos redesenhar os mapas das políticas públicas com traços mais justos, mais sensíveis, que contemplam cada mulher, onde quer que ela esteja, garantindo o acesso pleno a direitos, oportunidades e dignidade”, complementa.
O QUE É UMA CONFERÊNCIA – Uma conferência é um grande encontro onde pessoas se reúnem para discutir ideias, trocar experiências e tomar decisões sobre um tema importante. A palavra vem do verbo “conferir”, que significa comparar, debater, verificar e avaliar algo em conjunto. Tecnicamente, uma conferência se diferencia de outros tipos de encontros, como seminários, fóruns e reuniões, pelo seu formato e objetivo.
O foco principal é avaliar, discutir e propor diretrizes para políticas públicas para as mulheres. As discussões geralmente resultam em um documento final com recomendações que podem orientar decisões governamentais.
"Na Conferência Estadual, em agosto, em Foz do Iguaçu, estaremos juntos para consolidar as propostas construídas pelos municípios. Contamos com a presença e a participação das representantes das nossas cidades", afirma a segurança Leandre. “Juntas, podemos transformar vidas e construir um Paraná onde nenhuma mulher fique para trás.”
FUNDO ESTADUAL DA MULHER – Entre as iniciativas de destaque do Governo do Estado para a política pública voltada para este segmento da população está a criação do Fundo Estadual da Mulher. Instituído em 2023, o fundo já movimentou mais de R$ 26 milhões em repasses para os municípios, fomentando a governança pública de programas e projetos, por meio da gestão do Semipi. A pasta avança para estruturar obras e investimentos que garantam maior longevidade e consistência nas políticas externas às mulheres.
CASA DA MULHER PARANAENSE – O Paraná vai contar com novos espaços para promover a carreira das mulheres e promover o potencial e o protagonismo feminino. O governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou no final de março, durante o Encontro Estadual Cuida Mais Paraná, o programa Casa da Mulher Paranaense, que prevê a construção de 10 unidades em municípios com mais de 10 mil habitantes.
A Casa da Mulher Paranaense é uma iniciativa da Semipi destinada às cidades que possuem em sua estrutura os Organismos de Políticas para as Mulheres (OPMs), como Conselho e Fundo dos Direitos da Mulher. O projeto paranaense é diferente da Casa da Mulher Brasileira, do governo federal, por não se tratar de um local de acolhimento a mulheres vítimas de violência, mas um espaço voltado para a geração de oportunidades para esse público.
