Desafios da inclusão escolar de crianças autistas são tema de conscientização


A inclusão escolar de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ainda é um desafio no Brasil. No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado nesta quarta-feira (2), especialistas reforçam a importância da detecção precoce e da adaptação pedagógica para garantir o aprendizado desses alunos.

A neurocientista e biomédica Emanoele Freitas, moradora de Nova Iguaçu (RJ), relata as dificuldades enfrentadas pelo filho, Eros Micael, diagnosticado com autismo apenas aos 5 anos. Ele apresenta nível 3 de suporte, o que exige maior acompanhamento e adaptações na rotina escolar. “Ele não conseguia ficar em sala de aula e desenvolver a parte acadêmica. O primordial foi ensinar autonomia”, conta a mãe.

A psicopedagoga Luciana Brites, diretora do Instituto NeuroSaber, explica que o TEA se manifesta por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos. O grau de suporte necessário varia conforme cada caso. “A inclusão no ensino regular é possível, mas exige capacitação dos professores e adaptação curricular”, afirma.

Atividades como estímulos à consciência fonológica e ao reconhecimento de palavras podem ajudar no processo de alfabetização. No entanto, Luciana reforça que a inclusão depende de um trabalho conjunto entre famílias, escolas e profissionais de saúde. “O professor, sozinho, não consegue promover a inclusão. É essencial um suporte multidisciplinar para identificar dificuldades precocemente e garantir um ensino adequado.”


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