
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná anunciou nesta semana a exclusão do delegado Alex Sandro Marcos e de um investigador de polícia dos quadros da Polícia Civil. Ambos haviam sido presos em fevereiro de 2021, durante a deflagração da Operação Regalia, que investigava diversos crimes, incluindo organização criminosa, peculato, concussão, falsidade ideológica, facilitação à fuga, usurpação de função pública e estelionato em cidades do Paraná.
A operação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com a Polícia Civil, cumpriu mandados nas cidades de Quedas do Iguaçu, Francisco Beltrão, Capitão Leônidas Marques e Cascavel. Segundo o Gaeco, o esquema contava com a participação de outros agentes, incluindo um escrivão, outro investigador e um agente penitenciário, além de um detento conhecido como “preso de confiança”, que estava foragido, mas foi detido na Argentina.
Relembre o caso
Os envolvidos foram acusados de abordar agricultores e empresários da região, alegando supostos crimes ambientais, como desmatamento ilegal. Durante as abordagens, eram apreendidas madeiras e baterias de máquinas agrícolas. Em seguida, as vítimas eram levadas à delegacia, onde o “preso de confiança” se passava por fiscal do Ibama ou policial civil, exigindo dinheiro em troca da devolução dos bens ou para evitar a abertura de investigações.
Conforme o Gaeco, as ações ilegais eram realizadas com o conhecimento e em benefício de outros integrantes do esquema, que contava também com a participação do agente penitenciário.
Os agentes presos foram afastados de suas funções, mas continuaram recebendo salários até a conclusão do processo administrativo. Recentemente, outros envolvidos também tiveram ordens de afastamento emitidas, e há expectativa de novas expulsões nos próximos dias.
A operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e determinou o afastamento de uma investigadora da Polícia Civil. As investigações seguem em andamento.