![]() |
Informações: Guiamedianeira |
Uma semana após o assassinato brutal de Rosane Vinck, conhecido como Rose, amigos e conhecidos se reuniram na última quarta-feira, 22 de janeiro, para prestar uma última homenagem à vítima. O encontro, realizado em um momento de oração e reflexão, marcou sete dias desde o trágico falecimento, e foi um ato simbólico que reuniu a comunidade de Medianeira, abalada pela violência.
Emileide Gizéle dos Santos, advogada que assumiu o caso como assistente de acusação, falou em nome da família e destacou a dor da perda. “Estamos aqui representando a família e todo o município de Medianeira, que está completamente abalado com o que aconteceu em nossa cidade tão querida e pacífica”, afirmou Emileide. Ela aproveitou o momento para refletir sobre a violência contra a mulher e a crescente incidência de feminicídios.
Josi Bosio, amiga de Rosane, também compartilhou suas memórias sobre a vítima. Ela a descreveu como uma pessoa alegre e de bom coração, apesar das adversidades que enfrentava. “Foi uma crueldade o que foi feito. Ela era uma pessoa de coração bom, e é muito triste passarmos por isso”, lamentou Josi, que viajou de Matelândia para prestar sua homenagem.
Sobre o crime
Rosane Vinck, de 44 anos, foi brutalmente assassinada e esquartejada em um imóvel no Bairro Condá, em Medianeira. O autor do crime, Stenio Biesdorf Martendal, de 24 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Civil. A motivação, segundo a investigação, foi um desacerto financeiro relacionado a um programa sexual.
Amigas de Rosane registraram um Boletim de Ocorrência após seu desaparecimento, o que levou a Polícia Civil a localizar o imóvel onde a vítima teria sido vista pela última vez. Lá, foram encontradas partes de seu corpo em um saco, e o autor do crime foi preso em flagrante enquanto tentava ocultar os restos mortais com o uso de soda cáustica. Durante o interrogatório, Martendal confessou o assassinato, alegando ter perdido o controle durante uma discussão sobre o pagamento.
O homem está preso e responderá por feminicídio, ocultação de cadáver e outros agravantes, conforme a motivação fútil do crime. O delegado Walcely de Almeida, responsável pela investigação, garantiu que o caso continuará sendo tratado com prioridade, com a conclusão do inquérito e o encaminhamento ao Judiciário para garantir que a Justiça seja feita.
A homenagem a Rosane não foi apenas um momento de despedida, mas também um apelo para que a sociedade reflita sobre a violência de gênero e a necessidade urgente de medidas mais eficazes para proteger as mulheres.