Nesta quinta-feira (05/09), a Receita Federal, em conjunto com a Polícia Federal, deflagrou a Operação Viking, com o objetivo de combater uma organização criminosa envolvida no tráfico internacional de entorpecentes.
O grupo atuava principalmente pelo modal marítimo, utilizando o porto de Paranaguá/PR como um dos principais pontos de operação, com ramificações no Brasil e na Europa.
A Operação Viking é um desdobramento de investigações anteriores, como as Operações Enterprise (2020) e Retis (2022), que identificaram indivíduos agora alvos desta nova etapa.
De acordo com a Receita Federal, os criminosos utilizavam empresas de fornecimento de bordo para navios como fachada para aliciar tripulantes, que colaboravam no transporte de drogas em embarcações.
Entre as técnicas empregadas, destacam-se o içamento da droga para dentro dos navios, ocultação em compartimentos submersos (sea chests) e o método rip on/rip off, em que a droga era escondida em contêineres sem o conhecimento dos exportadores.
Foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão preventiva em estados como Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Pernambuco, além de uma ação internacional na Espanha. Participaram da operação cerca de 120 policiais federais e 11 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal. As ordens judiciais incluíram o bloqueio de bens e ativos financeiros dos envolvidos.
A Operação Viking reflete a continuidade de um intenso trabalho para desmantelar o tráfico internacional de drogas, com foco em práticas de ocultação e transporte de entorpecentes por vias marítimas.