Júri absolve acusado de ser mandante de assassinatos motivados por dívida de esmeraldas; dois réus foram condenados

 Após dois dias de julgamento, Tribunal do Júri condenou nesta quinta-feira (29) dois réus acusados de envolvimento em um duplo homicídio em um posto de combustíveis de Curitiba; um terceiro réu foi absolvido. O julgamento durou dois dias.

Ilson Bueno de Souza Júnior foi condenado a 13 anos de prisão por homicídio simples privilegiado. Segundo a denúncia do Ministério Público, ele atirou nas vítimas.

André Bueno de Souza, irmão de Ilson, foi condenado a 32 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe. Ele também foi acusado de atirar nas vítimas.

Bruno Ramos Caetano, acusado de ser o mandante do crime, foi absolvido. Ele respondia por homicídio qualificado por motivo torpe.

O crime foi em junho de 2020. Na ocasião, o advogado Igor Kaluff, de 40 anos, e o amigo que o acompanhava, o motoboy Henrique Mendes Neto, de 38 anos, foram mortos na loja de conveniências do posto durante a cobrança de uma dívida por esmeraldas. Câmeras de segurança registraram o crime. 

O que dizem as defesas

O advogado Nilton Ribeiro, responsável pela defesa dos irmãos Bueno de Souza, afirmou que alcançou o objetivo em relação a Ilson por conseguir o reconhecimento de que o réu agiu sob o domínio de violenta emoção, o que reduziu a pena total.

Por conta do tempo de pena já cumprido, a defesa espera que o alvará de soltura de Ilson seja expedido nos próximos dias. Em relação à condenação de André, o advogado afirmou que pretende recorrer.

O advogado Cláudio Dalledone, que fez a defesa de Bruno Ramos Caetano, disse que está satisfeito com a absolvição do cliente.

"Ele não mandou, não emprestou auxílio, não coadjuvou absolutamente nada que pudesse resultar na morte daquelas duas pessoas", afirmou.

Crime foi motivado por dívida de pedras preciosas

O crime foi em na loja de conveniências de um posto de combustíveis no cruzamento das ruas Vicente Machado e Brigadeiro Franco, no centro de Curitiba, durante a cobrança de uma dívida por pedras preciosas no valor de R$ 480 mil.

As investigações apontaram que um ourives repassou as pedras para o empresário Bruno Ramos Caetano e precisava cobrar o valor para pagar um fornecedor de São Paulo.

Como o ourives era amigo do empresário, ele preferiu contratar o advogado Igor Kaluff para fazer a cobrança. Ele foi ao local acompanhado de Henrique, eles estavam desarmados.

Segundo a polícia, Bruno foi ao local acompanhado por outros três homens armados. Após uma discussão, Igor e Henrique foram mortos à queima roupa.


Via g1

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