Na noite do dia 13 de julho de 2024, por volta das 23h00, uma equipe policial foi acionada pelo plantão do Conselho Tutelar para comparecer ao Hospital Municipal de Maripá. A solicitação se deu devido à entrada de uma criança no hospital com diversos hematomas pelo corpo, em estado de parada cardiorrespiratória.
No local, os policiais foram informados pelos conselheiros que a mãe, de origem paraguaia, havia levado a criança ao hospital após o pai, também paraguaio, ter agredido a vítima. A mãe relatou que a criança sofria agressões frequentes do pai, que a rejeitava. Ela explicou que não procurou ajuda anteriormente por temer pela própria vida e a dos outros filhos, devido às ameaças e agressões do companheiro.
A equipe policial localizou o autor nas proximidades do hospital. Ao ser abordado e questionado sobre os fatos, ele alegou que a criança havia caído. Conversas com familiares, especificamente os tios do autor que residem ao lado do casal, corroboraram as denúncias de agressões tanto contra a criança quanto contra a mãe. Os tios também afirmaram temer represálias do autor e relataram que ele havia queimado a certidão de nascimento da criança.
Após aproximadamente uma hora e quinze minutos de tentativas de reanimação, o protocolo de atendimento foi encerrado, e o óbito da criança, uma menina de cinco meses, foi decretado. A equipe médica informou aos policiais que a vítima apresentava várias lesões na cabeça, face e corpo.
Diante dos fatos, foi dada voz de prisão ao autor. A Polícia Civil e a Polícia Científica foram acionadas para realizar os procedimentos cabíveis.