Uma mulher de 50 anos foi presa após ser acusada de manter sua filha de 30 anos, portadora de necessidades especiais, em cárcere privado e sob graves maus-tratos na região da Vila Nova, em Ponta Grossa. A prisão ocorreu após uma investigação minuciosa conduzida pela Delegacia da Mulher.
O caso veio à tona no dia 2 de junho, quando moradores da região denunciaram que uma jovem estava perambulando nua pelas ruas. Ao serem acionadas, as autoridades descobriram que a moça havia escapado de uma residência próxima.
A inspeção do local revelou condições de extrema negligência e abandono. A jovem foi encontrada em um ambiente insalubre e em estado severo de desnutrição. Testemunhas relataram que ela chegou a pegar fezes do chão para comer durante a abordagem.
A vítima foi imediatamente socorrida pelo SAMU e permanece internada recebendo cuidados médicos. O boletim de ocorrência foi encaminhado à Delegacia da Mulher, que iniciou uma investigação detalhada.
Durante as investigações, foram descobertos relatos chocantes de que a mãe mantinha a filha amarrada, sem alimentação adequada e, em algumas ocasiões, acorrentada e sujeita a agressões físicas.
Para esconder os abusos, a mãe havia construído um muro alto na frente da residência, dificultando a visualização das condições dentro da casa.
O estado crítico de saúde da jovem, marcada pela subnutrição extrema, causou comoção até entre os policiais mais experientes.
Diante das evidências e da gravidade dos crimes, a Delegacia da Mulher solicitou a prisão preventiva da mãe, que foi rapidamente deferida pela justiça.
A acusada está presa e à disposição da justiça, respondendo pelos crimes de cárcere privado, agravado pela relação familiar, duração do crime e pelos maus-tratos severos infligidos à vítima.