Professor de Toledo é preso por cyberbullying e armazenamento de pornografia infantil

 Um professor de 25 anos foi preso na última quarta-feira, 22, por cyberbullying e armazenamento de pornografia infantil, em Toledo. Ele foi professor da rede pública através de Processo Seletivo Simplificado (PSS) e atualmente atuava em entidades de ensino particular em Toledo e Marechal Cândido Rondon. A ação foi conduzida pela 20ª Subdivisão Policial (20ª SDP).

Na manhã desta quarta-feira (23), o delegado-chefe da 20ª SDP de Toledo, Alexandre Macorin, concedeu uma entrevista coletiva e prestou mais detalhes sobre o caso. Conforme Macorin, a prisão ocorreu após denúncias de que o referido professor cometia cyberbullying utilizando contas criptografadas no Instagram e na internet como um todo. A denúncia teria partido de um pai de uma jovem aluna que teve a sua imagem denegrida por ele em páginas criadas com esse intuito.

Em contatos com agentes da Polícia Civil (PC), por aplicativos de mensagem de texto, ele chegou a tentar se passar por outra pessoa. O acusado conseguiu se livrar deste celular, porém na tarde de ontem (22), além de sua prisão, diversos itens foram apreendidos em sua residência, tais como notebooks, pendrives, HDs externos e outros.

Em uma verificação rápida ficou constatado que além do cyberbullying, ele armazenava milhares de conteúdos contendo pornografia infantil (fotos e vídeos), sendo de crianças e adolescentes praticando atos sexuais com maiores de idade ou com adultos. De acordo com o delegado, as cenas encontradas nos vídeos e fotografias eram degradantes para as crianças e jovens.

“As investigações prosseguirão para entender se ele repassava ou comercializava esse conteúdo e para quem o distribuia. A gente sabe que infelizmente existe um mercado muito grande nesse sentido. Nós ainda não conseguimos identificar se ele também produzia esse conteúdo e somente uma perícia mais detalhada poderá afirmar isso com convicção, no entanto relatos de testemunhas indicam que ele trazia jovens para a sua residência”, informou Macorin.

No momento o autor segue preso pelo flagrante crime e a sequência das investigações também poderão afirmar se ele agia sozinho ou se outras pessoas também participaram dos crimes. “Em um primeiro momento ele acreditou que seria autuado apenas pelo cyberbullying, mas como tivemos acesso a vários equipamentos eletrônicos também descobrimos as imagens e todo o conteúdo de pornografia infantil. Com isso ele se enquadra em um crime muito mais grave, o qual se encaixa no Estatuto da Criança e do Adolescente, com uma pena que pode chegar a até oito anos de reclusão”, explicou o delegado.

O indivíduo já foi investigado por crimes similares em 2019, quando o pai de uma jovem o denunciou. A intenção das autoridades com a divulgação do caso é de que outras possíveis vítimas possam tomar coragem para denunciar situações parecidas.


















Via Toledo News

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