Prefeitos dão alerta para falta de comida em municípios do RS

Correio Braziliense

 

Os prefeitos da Região Metropolitana de Porto Alegre, cujos municípios foram atingidos pelas enchentes, pediram aos governos federal e estadual, ontem, a criação de corredores humanitários de gêneros alimentícios básicos para o Rio Grande do Sul. 

Em reunião com os ministros Paulo Pimenta (Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), além do governador Eduardo Leite (PSDB), os prefeitos da capital gaúcha e de mais cinco municípios metropolitanos alertaram para o risco de desabastecimento de alimentos na região.

"O governo federal poderia trazer esse alimento, por aeronaves ou por corredores de caminhões, para fazê-lo chegar ao estado. Estradas como a BR-116, em São Leopoldo, estão muito complicadas — a água não está baixando. O nível do Rio Sinos está diminuindo em torno de 0,2cm por hora. É muito pouco, está muito lento", disse, ao Correio, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT).


Ele advertiu que já falta comida no comércio do município e teme que com a previsão de mais chuvas fortes para a próxima semana, aconteça um maior comprometimento da logística para o abastecimento. Supermercados de Porto Alegre e da região metropolitana já mostram prateleiras vazias, o que confirma a dificuldade de reposição dos estoques até mesmo em produtos básicos — como arroz, um dos principais itens exportados pelo Rio Grande do Sul.


"Temos tido problemas com o abastecimento de alimentos. Estamos com problemas para comprá-los. Nossos mercados estão com dificuldade de oferecer arroz, feijão e outros produtos básicos. Em todos os mercados, estamos com esse problema", afirmou Vanazzi.


Na reunião com Pimenta, Góes e Leite — que também contou com o secretário nacional da Defesa Civil, Wolney Wolf —, os prefeitos de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Guaíba, Eldorado e Nova Santa Rita apresentaram também uma lista de ações emergenciais, como a instalação de bombas de drenagem nos bairros alagados e a assistência do governo federal na elaboração das solicitações de recursos federais para a implementação de ações de emergência para a mitigação dos efeitos das enchentes.

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