Os números da dengue fazem de 2023 um ano particularmente difícil na área da saúde no Brasil, que registra mais de três milhões de casos e 1.116 óbitos. Em Cascavel, os números também são elevados e isso exige ainda mais determinação e compromisso de todos no enfrentamento do mosquito transmissor, disse na manhã desta quarta-feira, durante reunião de diretoria da Acic, o secretário municipal de Saúde, Miroslau Bailak.
O número de casos no município é maior que 14 mil com cinco óbitos confirmados e outros 18 em investigação. “Além de manter quintais e casas limpos e livres de água parada, as pessoas precisam beber bastante líquido e, em caso de sintomas, procurar ajuda médica”, afirmou o secretário. Segundo ele, todas as saídas possíveis têm sido adotadas para minimizar casos e gravidade, como campanhas de orientação, disponibilização de caçambas para a recolha de lixo, destinação de seis unidades de saúde exclusivamente à dengue e fumacê.
Erradicação
Bailak lembrou que há exatos cem anos o médico Osvaldo Cruz, por meio das ações implementadas, conseguiu erradicar o Aedes Aegypti do Brasil. O retorno ocorreu em 1950 e a situação começou a ficar mais preocupante três décadas depois. “O melhor a fazer nessa luta é não permitir que o mosquito nasça e isso depende de cada um de nós, de uma grande ação conjunta para derrotar o Aedes”, reforçou o secretário.
Para que os resultados possam melhorar, Bailak informou que todos precisam fazer a sua parte. Há relatos, em Cascavel, da localização de focos com larvas na cozinha, na sala de algumas casas. “Precisamos melhorar o envolvimento e o zelo das pessoas”, enfatizou ele, para destacar que o grupo com mais mortes está na faixa etária de 20 a 29 anos.
Entre as orientações está, também, evitar tomar AAS, aspirina e anti-inflamatórios. São remédios que afinam o sangue e isso pode facilitar o quadro da dengue grave, a hemorrágica. “A Acic é parceira da Secretaria de Saúde e também participa de ações de informação contra a dengue”, citou o presidente Siro Canabarro. “Todos precisam fazer a sua parte nessa batalha que, a cada ano, fica mais acirrada”, afirmou Siro.