Jovem relata homofobia durante assalto violento em Balneário Camboriú

 Um assalto violento teve xingamentos homofóbicos contra a vítima, um jovem de 27 anos, em Balneário Camboriú. Bartender, Guilherme Machado relata que foi roubado, agredido e, diante dos ataques também verbais, achou que seria morto. A violência ocorreu no começo da manhã, no deck do Pontal Norte, um ponto turístico da cidade.

O episódio aconteceu no sábado (6). Guilherme relata que estava a caminho de casa quando foi abordado por dois rapazes desconhecidos, que informaram se tratar de um assalto. Eles levaram o jovem para uma das trilhas e começaram as agressões com socos e chutes:

— Falaram que eu era um viadinho de m*, que a minha vida não valia nada. Me deixaram de joelho, me faziam repetir essas coisas. Teve um momento que eu achei realmente que eles iriam me matar, que foi quando pediram para eu desamarrar o cadarço dos tênis e me deixaram de joelho, colocaram o cadarço no meu pescoço.

O celular, fone e uma corrente que Guilherme tinha foram levados. A dupla amarrou as mãos dele e tirou a bermuda que a vítima vestia. Depois de mais alguns golpes, abandonaram o rapaz no local. Ele conseguiu se soltar e pediu ajuda em um posto do Corpo de Bombeiros.

— A polícia demorou mais de 30 minutos para chegar, mesmo sendo avisada pelos bombeiros, mais de 30 minutos. A única coisa que eles fizeram foi fazer o boletim de ocorrência, olhar as imagens, pedir para eu fazer o reconhecimento — reclama.

De acordo com a PM, os dois assaltantes fugiram a pé do deck do Pontal Norte e não foram encontrados.

O bartender, que ainda se recupera dos machucados, foi até a delegacia na quarta-feira (10) e fez o exame de corpo de delito na quinta (11). Ele ainda sente dores:

— Já estou melhor, estou cuidando dos ferimentos do rosto. O meu rosto ainda está um pouco inchado, tem alguns coágulos nos meus olhos por conta dos socos. Ainda me sinto bastante cansado, dor de cabeça, dor nas costas, nas pernas. Mas já estou bem melhor do que eu estava no final de semana do ocorrido — disse em entrevista.

O que diz a PM

Em nota, o 12º Batalhão da Polícia Militar, de Balneário Camboriú, disse que será aberta uma sindicância para apurar a demora no atendimento.

Além disso, informou que “a Polícia Militar não faz condução de feridos. Inclusive o acionamento da PM foi feito pelo Corpo de Bombeiros. Se fosse caso de condução, eles mesmos poderiam ter acionado a ambulância no instante em que a vítima necessitasse de atendimento”.


Via G1.

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