O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, demitiu, nesta terça-feira (19), o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de assassinar o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em julho de 2022, em Foz do Iguaçu (PR).
O julgamento de Guaranho por júri popular está marcado para o próximo dia 4 de abril. Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil perigo comum e está preso.
Processo administrativo
Guaranho foi demitido após um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), instaurado à época do crime. Guaranho era servidor da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.
O ministério entendeu que o policial penal incorreu nas infrações de:
uso de recurso material da repartição em atividade particular;
prática de ato de improbidade administrativa; e
incontinência pública.
Segundo a pasta, o ministro entendeu que "a conduta violenta e ofensiva à vida é incompatível com a moralidade administrativa, além de afrontar gravemente os valores institucionais da atividade policial."
Relembre o caso
Segundo a polícia, em 9 de julho de 2022, Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda e os dois discutiram. Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local e, armado, disparou contra Marcelo, que revidou usando a arma que portava. O guarda municipal foi socorrido, mas morreu na madrugada seguinte.
Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados presentes na festa de Marcelo. Ele foi internado e permaneceu em hospital de Foz do Iguaçu até ter alta e ser encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde está preso desde agosto de 2022.
O Ministério Público paranaense concluiu que o crime teve motivação política. Após um adiamento no fim de 2023, o crime está previsto para ser julgado no começo de abril -- na última semana, os 35 integrantes do júri foram selecionados.
Via G1.