Florianópolis (SC) — Um crime que chocou o país teve desfecho neste domingo (2). Davi Piazza Pinto, de 38 anos, natural de Minas Gerais, foi preso em Florianópolis após confessar ter assassinado o próprio filho, Arthur Davi Velasques Piazza, de 11 anos, que era autista e tinha deficiência visual.
O menino havia desaparecido na sexta-feira (31), em João Pessoa (PB), e o corpo foi localizado na noite de sábado (1º) em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, parcialmente enterrado.
Segundo a Polícia Militar de Santa Catarina, Davi chegou à casa da mãe, em Canasvieiras, por volta das 8h deste domingo e confessou o crime. A mulher acionou o 190 para garantir que o filho se entregasse de forma segura.
Em depoimento, o homem contou que viajou de Santa Catarina até a Paraíba para encontrar o menino e acabou cometendo o homicídio. Ele admitiu ter premeditado o crime, comprando uma pá de jardinagem e escolhendo um local afastado para enterrar o corpo.
Após o encontro com o filho, Davi levou a criança até uma casa na zona sul de João Pessoa, onde a matou por asfixia, utilizando uma rede e travesseiros. Em seguida, colocou o corpo em um saco plástico e o enterrou parcialmente em uma área de mata.
As informações repassadas por ele à Polícia Militar de Santa Catarina permitiram que agentes da PM da Paraíba localizassem o corpo exatamente no ponto indicado. A perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC) confirmou a identidade da vítima.
Durante o interrogatório, Davi manteve a calma e colaborou com as investigações. A polícia apura se o crime foi motivado por vingança, já que ele não aceitava o fim do relacionamento com a mãe de Arthur, que mora em João Pessoa.
Após a confissão, o suspeito foi encaminhado à Delegacia de Canasvieiras, onde permanece preso. A Polícia Civil da Paraíba deve solicitar sua transferência para João Pessoa nos próximos dias, onde responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O caso, descrito pelas autoridades como “extremamente cruel e premeditado”, gerou forte comoção em Santa Catarina e na Paraíba. Em João Pessoa, familiares e moradores realizaram uma vigília silenciosa em homenagem a Arthur, descrito como uma criança doce e carinhosa que teve a vida interrompida de forma brutal.
