Polícia Federal irá investigar mãe presa por pornografia infantil contra a própria filha em Quedas

 

Cinco dias após a prisão de uma mulher de 49 anos, acusada de armazenar e compartilhar material pornográfico envolvendo a própria filha, uma menina de 9 anos, a Polícia Civil de Quedas do Iguaçu solicitou a transferência da competência ou atribuição da investigação para a Polícia Federal e a Justiça Federal.

Durante a investigação, a Polícia Civil identificou que o namorado da acusada - que segue presa preventivamente, é de nacionalidade asiática e, por conta disso, trata-se de um caso internacional, cuja competência é da PF ou JF.

Na tarde de hoje (08) a Polícia Civil de Quedas emitiu uma nota à imprensa relatando a solicitação, citando inclusive que o homem esteve, por diversas vezes, na cidade onde teria se encontrado com a mãe e a criança.

Veja a nota na íntegra:

A Delegacia de Polícia de Quedas do Iguaçu informa que, diante das circunstâncias apuradas, foi representado ao Juízo pelo declínio de competência/atribuição em favor da Polícia Federal e da Justiça Federal, dada a constatada internacionalidade das condutas. Ressalta-se que o indivíduo namorado da autuada, que permanece presa preventivamente, é empresário de nacionalidade e residência em país asiático, tendo comparecido diversas vezes ao município de Quedas do Iguaçu. Por razões de sigilo investigativo, não serão prestadas novas informações sobre o caso.

O caso

De acordo com as investigações, a ação teve início após um funcionário de uma assistência técnica do município acionar a equipe policial. O trabalhador relatou que, durante testes de rotina em um celular entregue para conserto, identificou fortuitamente imagens de teor sexual com a presença de uma criança, incluindo registros de videoconferência.

Com base nas evidências apresentadas, os policiais civis se deslocaram até o local e abordaram a proprietária do aparelho. Em interrogatório formal, a suspeita confirmou que as imagens retratavam sua própria filha, de apenas nove anos. Ainda segundo a apuração, os arquivos eram compartilhados com um homem com quem a mulher mantinha relacionamento e com quem também realizava chamadas de vídeo de caráter sexual envolvendo a criança.

Durante a operação, dois aparelhos celulares foram apreendidos. O Conselho Tutelar e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) foram acionados para garantir a proteção e acompanhamento da vítima.

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