Em um desdobramento do caso que chocou o Paraná, a Polícia Civil de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, investiga cerca de 30 homens suspeitos de estuprarem a mulher que foi mantida em cárcere privado durante 22 anos pelo padrasto. vítima conseguiu fugir e denunciar o suspeito na última semana.
A investigação, conduzida pelo delegado Erineu Xavier, aponta que o padrasto, além de estuprar a enteada, a forçava a ter relações sexuais com desconhecidos. O suspeito filmava os atos e não permitia que a vítima usasse métodos contraceptivos, com o objetivo de que ela engravidasse desses homens. A mulher relatou que o agressor organizava os encontros e preparava o quarto, enquanto os três filhos dela, de 6, 9 e 13 anos, dormiam em um cômodo ao lado.
Em entrevista ao programa Domingo Espetacular (Record), a mulher revelou que, em alguns casos, os agressores suspeitavam de que ela estava sendo forçada, mas prosseguiam com o ato. A vítima também afirmou que chegou a ter relações com homens que usavam tornozeleira eletrônica. O padrasto a intimidava com uma faca no quarto para garantir sua submissão.
A mulher relatou que, na infância e adolescência, era retirada da escola e levada a motéis pelo padrasto. O suspeito, preso em flagrante, nega as acusações em depoimento à Polícia Civil e afirma desconhecer as denúncias feitas pela enteada. A polícia deve investigar, além do padrasto, os homens que aparecem nos vídeos coletados. O suspeito não tem advogado constituído.
Via TNOnline