Na manhã deste sábado (9), a Polícia Civil de Ponta Grossa foi acionada para atender a um suposto caso de sequestro. Familiares relataram que uma mulher de 42 anos estaria refém de um casal, que exigia R$ 2.500 para liberá-la.
Diante da denúncia, equipes da 13ª Subdivisão Policial iniciaram diligências para localizar o suposto cativeiro. O Grupo TIGRE, especializado em casos de sequestro, também foi mobilizado para atuar na ocorrência.
Por volta das 18h, no entanto, a mulher apareceu sozinha em uma praça na região de Oficinas. Ela foi abordada por uma equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Guarda Civil Municipal e encaminhada à delegacia.Durante depoimento, ficou constatado que a história do sequestro havia sido inventada. A mulher admitiu ter passado o dia realizando apostas em plataformas digitais e criado a falsa narrativa para justificar sua ausência aos familiares.
Segundo a Polícia Civil, embora a conduta tenha mobilizado recursos e equipes de segurança, não houve configuração de crime, pois a mulher não chegou a exigir dinheiro nem comunicou diretamente o falso sequestro às autoridades. Caso contrário, ela poderia responder por crimes como extorsão (Art. 158 do Código Penal) e comunicação falsa de crime (Art. 340 do Código Penal).
A Polícia Civil reforça o alerta para os riscos das apostas em plataformas digitais, que frequentemente se tratam de golpes, causando prejuízos significativos e de difícil recuperação.
