CEAPAC/HUOP comemora Dia Nacional da Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina com Festa Junina



Com muita alegria, comidas típicas e integração entre famílias e profissionais da saúde, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) celebrou nesta segunda-feira (24) o Dia Nacional da Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina com uma festa junina especial organizada pelo CEAPAC (Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal).

Mais do que um momento festivo, o evento teve como objetivo ampliar a visibilidade sobre a condição, combater o estigma e reforçar a importância de um tratamento contínuo, acolhedor e humanizado para pacientes com fissura labiopalatina, uma malformação congênita que afeta o lábio e/ou o palato (céu da boca).

Desde 2013, o CEAPAC/HUOP já acolheu 5.473 pacientes, realizando mais de 131 mil procedimentos, entre eles 527 cirurgias reparadoras. Atualmente, 1.148 pacientes estão em acompanhamento ativo, recebendo atendimento gratuito e multidisciplinar nas áreas de cirurgia plástica, odontologia, fonoaudiologia, psicologia e outras especialidades.

Festa com propósito

A coordenadora do CEAPAC, Mariângela Baltazar, destacou que aliar a comemoração junina à data nacional de conscientização foi uma forma de tornar o momento ainda mais significativo para os pacientes, especialmente as crianças.

“Esse ano nós estamos aliando a festa junina do hospital à comemoração do dia 24, o Dia da Conscientização, para entrelaçar uma coisa à outra e deixar mais divertido. Para crianças sentirem um acolhimento, entenderem que aqui não é só tratamento, também tem momentos de diversão e de saborear alguma coisa diferente”, afirmou a coordenadora.

Ela também lembrou que o CEAPAC/HUOP, com seus 12 anos de atuação é responsável por uma ampla cobertura regional, atendendo uma população estimada de cerca de 2 milhões de habitantes, incluindo a macrorregião oeste do Paraná e as regionais de Campo Mourão e Umuarama.

“É complicado as famílias deixarem suas casas, seus trabalhos, para se deslocar até Curitiba. São aproximadamente 500 quilômetros. Encurtar essa distância aqui no interior é essencial para garantir que os pacientes permaneçam no tratamento, sem desistências”, explicou Mariângela.

O centro recebe, em média, 300 pacientes por semana, em uma rotina intensa de cirurgias, consultas eletivas e terapias diversas, reforçando o papel fundamental da descentralização do atendimento especializado.

Durante o evento, Elton Nogueira, pai de Nicolas, uma criança em tratamento no CEAPAC, compartilhou sua experiência com o serviço.

“Seria quase impossível tratar o Nicolas em outro lugar. O cuidado aqui é excepcional, desde a zeladora até os médicos. Em outros atendimentos que tivemos, houve atrasos e complicações. Aqui foi diferente. A cirurgia foi rápida, sem intercorrências, e tudo correu bem. A gente se sentiu acolhido e respeitado.”

O pai também refletiu sobre os desafios da integração social de crianças com fissura labiopalatina, especialmente durante a entrada na escola.

“A conscientização faz muita diferença. Isso ajuda essas crianças a se adaptarem. Ainda estamos aguardando a finalização das cirurgias, mas acreditamos que João será bem recebido quando começar a frequentar a escola ainda este ano.”

Mais do que um tratamento: um recomeço

A fissura labiopalatina pode trazer desafios funcionais e estéticos, mas não limita o potencial dos pacientes, como ressaltou a coordenadora Mariângela.

“Queremos que a sociedade entenda que essas limitações não impedem o paciente fissurado de ser o que quiser. Ele pode se inserir onde quiser, com apoio, informação e tratamento adequado.”

A celebração do dia 24 de junho no HUOP reforça esse compromisso com a inclusão, a empatia e o acesso universal à saúde de qualidade. E, entre bandeirinhas e risos, também mostra que a vida com fissura labiopalatina pode, e deve, ser vivida com alegria e dignidade. 

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