Os produtores rurais que possuem animais de produção e ainda não atualizaram seu rebanho têm mais uma semana, até 30 de junho, para aderir à Campanha de Atualização de Rebanho, realizada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Até o momento a média de atualização das propriedades rurais em todas regiões do Estado é de 70,3%.
Os objetivos da atualização, que é obrigatória, são manter a saúde dos animais de produção, proporcionar a rastreabilidade dos rebanhos e contribuir com a defesa agropecuária paranaense.
Neste ano, o produtor conta com diversas formas para manter seu rebanho atualizado de maneira gratuita. Os animais podem ser cadastrados ou ter o cadastro atualizado online, no site da Adapar, e pelo aplicativo Paraná Agro, que pode ser baixado gratuitamente em qualquer sistema operacional de smartphone.
Presencialmente, a atualização pode ser feita em um dos 130 escritórios locais, que são extensões da Adapar localizadas em todas as regiões do Paraná, ou nas prefeituras e sindicatos rurais credenciados pela autarquia.
O processo é obrigatório para todos os produtores que possuam animais de produção em sua propriedade, sejam animais para comercialização ou subsistência.
A não atualização impede a emissão da Guia de Trânsito Animal, ou seja, os criadores não podem movimentar os animais, seja entre propriedades ou para os locais apropriados para o abate. Além disso, não manter os cadastros em dia pode acarretar em multas.
O chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, reforça o chamado para a adesão à campanha. “Essa atualização é fundamental para a manutenção da saúde animal no nosso Estado e para garantir o acesso dos produtos paranaenses aos mercados mais exigentes. Se você ainda não atualizou, não deixe para última hora, pois o produtor que não atualizar poderá enfrentar restrições de trânsito de animal e até sanções como multas”, destaca.
ATUALIZAÇÃO DIÁRIA – Os números parciais da campanha são publicados diariamente no site de Adapar. As atualizações são feitas pelo Departamento de Saúde Animal da Agência e consideram os números de 23 regionais paranaenses, que compreendem todo o Estado.
São considerados animais de produção qualquer espécie criada pelo ser humano com o objetivo de fornecer alimentos, matérias-primas ou serviços. Essa definição inclui desde os animais mais convencionais, como bois, galinhas e porcos, até abelhas, peixes e anfíbios.
Atualmente as regiões com os menores números de adesão são as Curitiba, Paranaguá, no Litoral, e Cornélio Procópio, no Norte do paranaense, com 50,8%, 53,2% e 61,3% das explorações pecuárias atualizadas, respectivamente.
As regiões com os melhores números até o momento são as de Toledo, no Oeste, Londrina, no Noroeste, e Ivaiporã, na região do Vale do Ivaí. Nesta ordem, as regionais atingiram 94,8%, 83,5% e 78,9% das propriedades rurais com o cadastro atualizado até agora.
STATUS – Desde 2021 o Paraná é considerado território livre de febre aftosa sem vacinação. Essa qualificação expande os horizontes comerciais do Estado, proporcionando que acordos comerciais sejam fechados com países com maiores restrições em relação à sanidade animal, como é o caso do Japão, Coréia do Sul e Chile, referências mundiais no tema.
No início de maio, o Brasil todo alcançou a qualificação, o que facilita ainda mais o comércio e o trânsito animal no país.
A Campanha de Atualização de Rebanhos tem, entre seus principais objetivos, a manutenção do status sanitário do Paraná, especialmente neste momento em que, pela primeira vez, todo o território nacional foi reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação.
A atualização não se limita aos bovinos e bubalinos, mas deve ser realizada também para equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes, outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bichos da seda, além de outros animais criados em propriedades rurais.
Manter o cadastro em dia reforça o compromisso com a agropecuária nacional e possibilita a negociação dentro e fora do Brasil, com diversos mercados.