Faleceu neste domingo (11 de maio) a jovem Ana Carolina de Souza, de 19 anos, que foi atropelada e arrastada em março pelo seu namorado, George Lucas Pereira Lins Fernandes. O caso ocorreu em Apucarana, no norte do Paraná, no dia 15/3. Na ocasião, Ana estava com a filha de apenas dois anos no colo, mas conseguiu lançar a criança para o lado ao perceber que seria atingida, salvando-a.
Ana ficou 54 dias internada, passando inicialmente pelo Hospital da Providência, no interior, e depois sendo transferida para o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, em Curitiba, onde passou por cirurgias e permaneceu na UTI, recebendo tratamento intensivo e passando por cirurgias. Ela, que foi atropelada e arrastada por cerca de 120 metros, sofreu fraturas na cintura, nos membros inferiores e hemorragias internas por conta da colisão.
O que alega o suspeito e mais detalhes do caso
O suspeito de atropelar e arrastar e namorada é George Lucas Pereira Lins Fernandes, de 25 anos. Ele diz não ter percebido que atropelou a companheira e que se envolveu numa confusão com o dono de uma lanchonete que o ameaçou, informou o portal TNOnline. Ao tentar fugir do local, teria gritado para a companheira entrar no carro e já acelerou o veículo, mesmo sem saber onde ela e a bebê estariam.
George admitiu ter ingerido bebida alcoólica naquele dia. Testemunhas também relataram que, após o atropelamento, gritaram pedindo para que ele parasse o carro, mas ele seguiu em frente. O suspeito, contudo, diz não ter ouvido os apelos das testemunhas e afirmou também não ter percebido que havia atropelado e arrastado a namorada. No entanto, ligou para amigos perguntando se havia machucado alguém.
A hipótese de feminicídio, por sua vez, parece descartada. Isso porque não há relatos sobre discussão entre o casal antes do atropelamento, por exemplo, o que poderia indicar uma violência de gênero. Além disso, um médico que atendeu Ana também contou que a jovem teria dito a ele que tudo foi um acidente.
Só que não houve condições para se colher um depoimento oficial da vítima. E isso pode dificultar o trabalho da defesa de tentar demonstrar que o que houve foi um homicídio culposo. O Ministério Público, por sua vez, pode denunciar George por homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão. Com isso, há possibilidade do caso ser decidido pelo Tribunal do Júri.
Via Bem Paraná