
A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito que apurou a morte de Luis Lourenço, de 35 anos, assassinado brutalmente no dia 25 de março, no bairro Cancelli, em Cascavel. Ele foi agredido com barra de concreto e ferro e morreu no local. O laudo de necropsia apontou traumatismo crânio encefálico como causa da morte, além de escoriações nas mãos e cotovelo esquerdo.
O autor do crime foi identificado como Ivanildo dos Santos, de 44 anos, conhecido como “Gordinho”. Em situação de rua, ele morreu em confronto com a Polícia Civil após atingir um agente da Delegacia de Homicídios.
Na cena do crime, apenas uma mulher permaneceu. Patrícia foi presa pouco depois e indiciada por omissão de socorro e desobediência, com pena prevista de até dois anos. Houve pedido para revogação da prisão. O delegado Fabiano Moza informou que foram ouvidas seis testemunhas, incluindo policiais, um civil, um funcionário da obra e motoristas que aparecem nas imagens. A investigada foi ouvida duas vezes.
Segundo Moza, Patrícia contou que o desentendimento começou dentro do parque e que Ivanildo estava bêbado, teria usado drogas e afirmava que Luis havia mexido com uma mulher casada — versão que foi confirmada por uma das testemunhas. A polícia concluiu que Patrícia chegou ao local após as primeiras agressões e não teve participação direta no homicídio.
O inquérito que apura a morte de Ivanildo dos Santos segue sob responsabilidade da 15ª Subdivisão Policial, já que envolve um policial civil. Outros detalhes não foram divulgados.
O delegado também explicou que a omissão de socorro só se configura quando a pessoa está ciente do que está acontecendo. Por exemplo, o motorista de um carro branco, que aparece nas imagens, não será responsabilizado, pois acreditava se tratar de um roubo e não compreendia o real contexto da cena.