Contadores refletem sobre IA, riscos, oportunidades e choque de gerações



O título da palestra do contabilista Audrey Bazanella Rosa, durante a quinta edição do Café com Contadores, na manhã desta terça-feira, na Acic, é um ponto convergente entre profissionais dos mais diferentes ramos na atualidade: O caminho da sobrevivência do contador em tempos IA. A reflexão é uma busca pelo entendimento do atual momento profissional, de incertezas e preocupações, diante de recursos tecnológicos de capacidade inimaginável há alguns anos e o impacto disso no trabalho, na carreira e na vida das pessoas.

Ao questionar sobre quem dos presentes considera que a contabilidade está em risco, Audrey citou que algumas profissões, que um dia foram extremamente úteis, já acabaram ou resistem por aparelhos. Ele citou os casos do taxista, analista de processos, juiz (alguns segmentos), projetistas e telemarketing. Bill Gates, o cérebro da Microsoft, causou polêmica ao dizer, recentemente, que médico e professor não existirão mais em dez anos. Sim, respondeu Andrey: algumas áreas da contabilidade perecerão, por isso a hora é de se reinventar.

O contador falou do papel da controladoria nesse novo cenário desafiador e também de oportunidades. O melhor a fazer é tornar números em ações, dados em estratégias e fazer uma conexão disso com a história da empresa e o desejo do empresário. “O que vai garantir a sobrevivência do contador é o contato humano, que é insubstituível. Somos seres sociais”, afirmou. O contabilista Lindomar Senderski contribuiu com um case que mostra o quanto a presença física do contador, pelo menos uma vez por mês, na empresa, junto do cliente, é determinante para manter a parceria.

Gerações

A psicóloga Lorrana Menezes falou sobre O choque de gerações: Como transformar desafios em oportunidades. Pela primeira vez, ela pontuou, cinco gerações dividem o mesmo ambiente de trabalho. “Por isso, o melhor a fazer é entender as virtudes de cada uma delas e concentrar essa força em objetivos comuns, pautadas no êxito do projeto ou da corporação”. Saber ouvir, adaptar o argumento e a atitude de forma inteligente estão entre as medidas que contribuem para um ambiente sadio produtivo, criativo e diverso.

Lorrana pontou características de cada geração, tornando mais fácil a compreensão do fenômeno. A geração Baby Bommers é formada por quem nasceu entre 1946 e 1964. São pessoas conservadoras, que têm dificuldades com as tecnologias, idealistas e que lidam bem com pressão. A X é formada por nascidos entre 1965 e 1980 e são materialistas, individualistas, independentes e preocupados com o futuro. O Y (Millenials), de 1981 a 1996, são marcados pela transformação digital e, por isso, têm perfil imediatista, ansioso, inovador e foco na sustentabilidade. Por sua vez, a geração Z, de 1997 a 2010, são os nativos digitais, que são inseguros, têm baixa interação, capacidade de multitarefas e propósito. E a Alpha, de nascidos a partir de 2010, é geração com infância de forte polarização política, relação natural com a tecnologia e liberdade em relação às amarras identitárias.

O Café com Contadores contou com as participações de diretores do Sescap-Paraná, Sincovel, CRC-Paraná e Núcleo de Empresas de Contabilidade da Acic. A união foi destacada por eles como um diferencial que faz da contabilidade do Paraná uma das mais pujantes do Brasil. “Quero agradecer a todos pela parceria que tantas informações e conteúdos preciosos compartilham”, destacou o presidente da Acic, Siro Canabarro.

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