O cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas começou neste domingo (19/1) após algumas horas de atraso, devido à demora na entrega da lista de israelenses que serão libertados.
Segundo o grupo palestino, a demora ocorreu em razão de sucessivos ataques de Israel, que deixaram 13 mortos, conforme registrou a agência de defesa civil dirigida pelo Hamas.
O cessar-fogo começou por volta das 11h do horário local (6h do horário de Brasília). Três mulheres reféns serão as primeiras libertadas, ainda neste domingo: Emily Damari, Doron Steinbrecher e Romi Gonen.
Todos eles foram feitos reféns pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, em ataque que deixou 1,2 mil mortos e mais de 200 reféns. Na Palestina, o Ministério da Saúde, administrado pelo Hamas, registrou mais de 46 mil mortes. O acordo previa o início do cessar-fogo para as 8h30 do horário do local, mas Israel adiou por não ter recebido a lista.
O acordo de cessar-fogo também prevê que 737 prisioneiros palestinos receberão liberdade. A libertação dos reféns está prevista para ser feita em três pontos na fronteira de Israel com Gaza, onde eles serão tratados por médicos e depois transferidos para hospitais.
Esta primeira fase do acordo de cessar-fogo deve abrir caminho para as negociações da segunda etapa, que deverá permitir a libertação dos últimos reféns, Ja terceira e última fase, será dedicada à reconstrução de Gaza e à devolução dos corpos dos reféns que morreram em cativeiro.
Expectativa
Milhares de israelenses se reuniram no sábado (18/01) em todo o país para pedir a libertação dos reféns mantidos em Gaza e expressar esperança no acordo de cessar-fogo. Muitos dos manifestantes lembraram Kfir Bibas, o refém mais jovem, que completou 2 anos. Ele foi capturado junto ao irmão, mãe e seu pai em 7 de outubro de 2023.
"Hoje tentei escrever uma mensagem de aniversário para Kfir pela segunda vez", disse a tia, Ofri Bibas Levy. "Uma mensagem para uma criança que não pode comemorar (...) Uma criança presa no inferno. Uma criança que talvez já não esteja viva. Mas não vêm palavras, apenas lágrimas", afirmou.
As imagens gravadas pelo Hamas em 7 de outubro mostrando Shiri Bibas, a mãe, abraçando seus dois filhos pequenos, Kfir e Ariel, durante o sequestro no kibutz Nir Oz, tornaram-se um dos símbolos do ataque.
Via: CNN Brasil