Seis meses após perder o filho Nando, de apenas 9 anos, em um acidente de trânsito na esquina da Avenida Piquiri com a Rua Paraná, Monica Souza pede justiça.
Há alguns dias ela esteve no podcast do Portal 24h para falar a respeito da dor de perder o filho de forma tão prematura. Segundo ela, o atropelamento do menino está entre a Polícia Civil e o Ministério Público, que aguarda a conclusão do inquérito para dar sequência no caso.
Mônica pede mais celeridade no processo. "Não aceitamos e não é certo que trata-se de um crime com dolo eventual. Ela desrespeitou a sinalização de trânsito, atingiu um motociclista, não prestou socorro. Para fugir, ela atropelou três pessoas que estavam na calçada, dentre elas o meu filho, e ainda arrastou uma criança que tinha toda a vida pela frente por 18 metros".
Na avaliação dela, a condutora do veículo teve diversas oportunidades de não cometer o crime, mas não parou. "Se existe uma placa de Pare e ela não parou; se ao atravessar uma preferencial e atingir o motociclista e não parar; atropelar três pessoas, arrastar uma criança, não for um homicídio o que será?".
Na entrevista ela compara o caso com uma pessoa que sai com um revólver para matar. "Hoje se uma pessoa atira em outra, ela vai presa. Se você atropela e mata uma pessoa, fica solta. (...). O que estou vendo é que a forma mais impune de se matar é usando um veículo".
O caso
O menino Fernando Lorenzo Souza Gehlen, de 9 anos, estava com a mãe e um amigo na esquina da Rua Paraná com a Avenida Piquiri no dia 14 de junho, quando foi atropelado e arrastado por 18 metros. A condutora do veículo avançou a preferencial, atingiu um motociclista - que também ficou ferido, subiu na calçada e atingiu os três.
A criança chegou a ser socorrida, mas faleceu ainda no local, dentro da ambulância.