Com o dobro da durabilidade das estradas de asfalto e com um custo de manutenção muito mais barato ao longo do tempo, as rodovias de concreto estão ajudando a renovar a logística viária do Paraná com segurança e ganhos operacionais para quem trafega pelo Estado.
As vantagens do modelo confirmam a aposta certeira do Governo do Estado na escolha pelo pavimento rígido em estradas que compõem eixos estruturantes da malha viária paranaense. Ao todo, são 13 diferentes trechos que somam cerca de 340 quilômetros entre projetos concluídos, em execução ou planejados.
Na comparação com o pavimento flexível, feito de asfalto, a principal vantagem do pavimento rígido, que é feito de concreto, é a durabilidade. Enquanto as estradas de asfalto têm, em média, uma vida útil de 10 anos, as rodovias de concreto têm uma durabilidade média de pelo menos 20 anos.
Ao longo deste período, há também uma diferença sensível nos custos de manutenção das estradas. Com uma menor necessidade de reparos, os custos de manutenção são muito mais baixos com as rodovias de concreto. Uma das técnicas de aplicação do pavimento de concreto se dá pela técnica chamada de whitetopping, em que a camada de concreto é aplicada sobre uma base já existente de asfalto.
Este modelo permite que a obra seja mais barata e de execução mais rápida. O trecho da PRC-280 entre General Carneiro e Palmas foi o primeiro do Estado a ser finalizado com esta técnica em março de 2023.
De acordo com o coordenador regional da Associação Brasileira de Concreto Portland, Dejalma Fresson Júnior, as estradas de concreto são tradicionais em todo o mundo.
No Brasil, no entanto, tradicionalmente a maioria da malha rodoviária acabou sendo construída em asfalto por questões históricas.
Nos últimos anos, no entanto, com uma maior difusão de fábricas de concreto, uma aproximação dos preços das matérias-primas e a evolução tecnológica, a pavimentação rígida voltou a despertar interesse dos gestores públicos que pensam em rodovias mais duráveis.