De mais cara para apenas cara. A conta de energia elétrica do brasileiro que teria bandeira tarifária vermelha 2, passou para bandeira vermelha 1, de acordo com anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
A mudança para o mês de setembro ocorreu devido a uma correção feita no Programa Mensal de Operação (PMO) de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS). Com isso foi feito o recalculo dos dados e consequentemente a redução da tarifa.
Na prática, isso significa que para um consumidor residencial da Copel, uma conta de 100kWh de que até agosto custava R$ 82,20, com a bandeira vermelha 2 custaria R$ 90,08. Com a redução para bandeira vermelha 1, o valor será de R$ 86,66, para o mesmo uso de energia elétrica. Uma redução de 3,79% no valor após o recálculo, mas ainda assim o consumidor terá um aumento final a partir de setembro de 5,43%.
De acordo com Lúcio de Medeiros, especialista em mercados de energia do Lactec, a mudança tarifária acontece devido à escassez de chuvas prevista para os próximos meses. "Com menor índice de chuvas nas principais bacias brasileiras, são acionadas as usinas termelétricas, que geram energia a um custo mais alto que as hidrelétricas", explica. Desde agosto de 2021 a bandeira vermelha 2 não era acionada no país.
Com a mudança da bandeira tarifária, e o acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 kW/h consumidos, é preciso tomar algumas medidas para economizar na conta de luz. Na opinião do especialista, mudanças de hábitos e também de infraestrutura mais eficiente são cada vez mais necessários e urgentes para que a população possa e se adaptar às mudanças climáticas.
"Consumir de forma consciente e sustentável é imprescindível, tanto para a manutenção do planeta quanto para o orçamento. Isso inclui pensarmos em fontes renováveis e alternativas de energia elétrica, como painéis solares, energia eólica, biogás, entre outras. Na mesma velocidade em que o clima está mudando, precisamos também nos adaptar", ressalta.
Confira algumas dicas para gastar menos energia em casa:
Na cozinha o ideal é manter a geladeira longe do fogão. Dessa forma o motor do refrigerador não precisa trabalhar mais para manter o ambiente refrigerado.
Manter a geladeira limpa também faz a diferença. Apenas 2mm de gelo já impactam em 10% no consumo do eletrodoméstico.
Evite colocar alimentos muito quentes na geladeira e sobrecarregar o equipamento com mais alimentos do que comporta. Tudo isso vai pesar no motor que terá que trabalhar mais e consumir mais energia.
Quando sair de férias, reduza a potência da geladeira para o mínimo, pois o aparelho ficará fechado por um longo período e ainda manterá os alimentos conservados.
Prefira lâmpadas de led, que são mais econômicas e duram mais. Sensores de presença em áreas comuns podem ajudar no consumo também.
Otimize a lavagem e secagem de roupas. Prefira acumular o maior número de peças para lavar e passe somente o que for necessário. Muitas roupas podem ser penduradas no cabide e já podem ir para o armário quando secas.
Aproveite ao máximo a luz natural em casa. Além de iluminar o ambiente, aquece os cômodos, tornando a casa mais acolhedora e confortável.
As casas estão cheias de carregadores de computador, celulares, smart watches, tablets e uma infinidade de aparelhos. O ideal é deixá-los fora da tomada se não estiverem sendo utilizados.
Aparelhos que ficam em stand by consomem energia elétrica em casa. São os consumidores silenciosos, como televisores, microondas, modem de internet, entre outros. Tirá-los da tomada vai ajudar a reduzir a conta no fim do mês.