Segunda operação remota do IAT aplica R$ 16,4 milhões em multas por desmatamento ilegal



 Na terça-feira (30), o Instituto Água e Terra (IAT) divulgou os resultados da sua segunda operação remota de combate ao desmatamento ilegal, que ocorreu entre 21 e 28 de julho. A ação resultou em 252 Autos de Infração Ambiental (AIA) em 44 municípios, totalizando R$ 16.416.750,00 em multas — um aumento significativo em relação à primeira operação remota, que gerou R$ 5,9 milhões em multas.


A área desmatada identificada nesta operação cresceu 113%, passando de 701 hectares na primeira ação para 1.497,01 hectares nesta. As principais ocorrências foram em Rio Bonito do Iguaçu, com áreas desmatadas de 180,7 e 161,9 hectares, acumulando multas superiores a R$ 4 milhões para um único infrator.


O valor arrecadado com as multas é destinado ao Fundo Estadual do Meio Ambiente, para financiar projetos de preservação e recuperação ambiental. A fiscalização foi realizada por meio da análise de imagens de satélite e comparação com dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), sem a necessidade de inspeções físicas.


Os principais problemas identificados foram o desmatamento de áreas de Reserva Legal e Áreas de Proteção Permanente (APP), além de atividades não licenciadas e uso do fogo para destruição da vegetação. O gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes, destacou que a operação evidenciou o poder de fiscalização do Estado, que conta agora com tecnologias avançadas para monitoramento.


A operação abrangeu 44 municípios, com destaque para Francisco Beltrão e Guarapuava, que lideraram o número de cidades fiscalizadas. A tecnologia utilizada, incluindo imagens diárias de satélite e o Programa Brasil MAIS, permite uma fiscalização mais eficaz e rápida.


Além disso, o IAT está investindo na implementação do Sistema de Fiscalização e Controle Ambiental (Fica), que modernizará a gestão dos autos de infração e permitirá uma fiscalização mais preditiva e eficiente. O aplicativo Auto de Infração Ambiental Eletrônico (AIA-e) também está em fase de implantação, facilitando o registro das autuações em campo.

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