Onze pessoas morreram e treze ficaram feridas em um ataque com foguete contra um campo de futebol nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel, neste sábado (27), informou o Canal 13 israelense, em meio de uma escalada de tensão entre Israel e grupos armados no Líbano.
Os mortos tinham entre 10 e 20 anos, disse o serviço de ambulância de Israel. Um médico descreveu grande destruição e incêndio no local, um campo de futebol na vila de Majdal Shams. O território é ocupado por Israel e formado por maioria drusa.
Segundo o Exército israelense, o ataque foi o mais mortal desde o início da guerra contra o grupo terrorista Hamas, aliado do Hezbollah, em outubro.
“Nós testemunhamos grande destruição quando chegamos ao campo de futebol, assim como itens que estavam em chamas. Havia vítimas na grama e a cena era horrível”, disse o médico Idan Avshalom, do Magen David Adom, Organização Nacional de Serviços Médicos e de Sangue Pré- Hospitalares de Emergência de Israel.
Uma testemunha disse à Reuters: "Ele caiu no campo de futebol, todos são crianças... muitos corpos e restos mortais estão no campo, não sabemos quem são." Ela pediu para não ser identificada.
Em um comunicado, o Hezbollah"negou categoricamente as acusações". O alto representante do grupo na comunicação social, Mohammad Afif, confirmou a informação à Reuters. O governo do Líbano também condenou os ataques contra civis e pediu o "fim das hostilidades em todas as frentes".
No entanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu dura retaliação ao grupo.
"O Hezbollah pagará um preço alto, um preço que ainda não pagou", afirmou o primeiro-ministro.
Um porta-voz militar israelense disse ainda que o grupo armado libanês mente sobre o caso. "Nossa inteligência é clara. O Hezbollah é responsável pela morte de crianças e adolescentes inocentes", disse o contra-almirante Daniel Hagari.
A nova ofensiva também foi ressaltada pelo ministro das Relações Exteriores, Israel Katz. "O ataque do Hezbollah hoje cruzou todas as linhas vermelhas, e a resposta será de acordo. Estamos nos aproximando do momento de uma guerra total contra o Hezbollah e o Líbano", disse Katz à agência de notícias Axios.
Em comunicado, a Casa Branca condenou o ataque à vila. "Nosso apoio à segurança de Israel é firme e inabalável contra todos os grupos terroristas apoiados pelo Irã, incluindo o Hezbollah libanês", disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
O candidato do Partido Republicano à presidência nos Estados Unidos, Donald Trump, também se manifestou. "Nunca teria acontecido conosco, e não podemos deixar que continue", disse o ex-presidente.
O Hezbollah é um movimento islâmico xiita com raízes no Líbano e fortemente apoiado pelo Irã. O Exército israelense e o grupo armado libanês trocam agressões quase diariamente desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que é apoiado pelo Hezbollah.
O ataque ao campo de futebol deste sábado (27) aconteceu uma semana depois de um ataque israelense no Líbano que matou quatro militantes do Hezbollah.
O exército israelense afirmou que o seu avião tinha como alvo uma estrutura militar pertencente ao Hezbollah, depois de ter identificado uma célula militante que entrava no edifício.
O Hezbollah reivindicou pelo menos quatro ataques, incluindo com foguetes Katyusha, em retaliação aos ataques de Kfarkila. O grupo afirma ainda que lançou mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 8 de outubro.
Via g1