Mulher é condenada a 16 anos por homicídio e ocultação de cadáver de Alceu Preisner Junior

 Na noite desta quinta-feira (16), foi concluído o julgamento da mulher acusada de matar Alceu Preisner Junior, um advogado de uma família tradicional da cidade. O júri, iniciado no começo da tarde, condenou a ré por homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores, aplicando uma pena total de 16 anos de reclusão em regime fechado.



"A acusação elaborou um vídeo em 3D, reconstruindo todas as circunstâncias do crime conforme a narrativa da própria ré: como ela esfaqueou a vítima, como matou, tirou o corpo da casa e depois botou fogo. Os jurados foram convencidos pela tese acusatória de que a ré merecia ser condenada, para demonstrar senso de justiça e responder à família da vítima," explicou o advogado de acusação, Luciano Katarinhuk.

O juiz permitiu que a ré recorresse em liberdade. A pena foi composta por 12 anos e 6 meses pelo homicídio, 2 anos e 6 meses por ocultação de cadáver e 1 ano por corrupção de menores.

"A família da vítima, depois de quase dois anos e meio, sai daqui com a sensação de que a justiça foi feita. A ré confessou o crime e foi condenada, mas como respondeu ao processo em liberdade, o juiz concedeu o direito de ela recorrer em liberdade e não decretou a prisão preventiva," destacou o assistente de acusação.

O caso:

O crime ocorreu no dia 27 de janeiro de 2022, em Cascavel. Alceu Preisner Junior foi esfaqueado e seu corpo foi queimado junto com seu carro. O corpo foi encontrado no porta-malas do veículo incendiado, em uma estrada rural próxima à PR-486. Populares que passavam pelo local avistaram o carro em chamas e acionaram o Corpo de Bombeiros.

As equipes dos Bombeiros combateram as chamas do carro, que estava em meio a um milharal. O veículo, um Geely modelo EC-7 1.8 GS de cor branca, ficou completamente destruído. Equipes da Polícia Civil e da Criminalística atenderam a ocorrência.

A mulher acusada pela morte foi presa em fevereiro de 2022. Ela confessou o crime e alegou legítima defesa, afirmando que agiu para proteger sua filha de 15 anos de uma tentativa de abuso sexual por parte de Alceu.

Segundo o advogado de defesa, Ricardo Augusto Bantle, a defesa vai recorrer pela redução da pena: "Ela não foi presa preventivamente, recebeu uma pena alta de 16 anos. A defesa vai recorrer para a redução da pena, não pela anulação do julgamento. Respeitamos a decisão do Conselho de Sentença, mas entendemos que a pena aplicada é alta. Iremos recorrer enquanto o recurso pende de análise, e ela permanecerá em liberdade."

O advogado Luciano Katarinhuk reiterou a gravidade do crime: "A forma como foi feito, os detalhes, a morte, o assassinato de um advogado de uma família tradicional, a ocultação do corpo pelo fogo, e o envolvimento de menor, que era filha da ré. Todos esses fatores foram apresentados no tribunal, e os jurados acolheram as teses acusatórias. Esperamos que a sensação de justiça seja completa com o cumprimento da pena em regime fechado."





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