Ministério Público vai recorrer da sentença de jovem condenada pela morte de Silvana Hoffman



Quase um ano após a morte de Silvana da Silva Hoffman, ocorrida em julho do ano passado, a jovem de 19 anos acusada do crime participou nesta segunda-feira (27) da primeira audiência do caso. O crime chocou a sociedade, uma vez que a vítima e a acusada estavam em uma confraternização, no bairro São Cristóvão, quando Silvana foi atropelada e acabou morrendo.

A acusada do crime, que estava alcoolizada, também teria atropelado outras quatro pessoas, que ficaram feridas. Ela foi condenada a 6 anos e 8 meses de pena, em regime semiaberto. Segundo a advogada de acusação, Eriana Maria Fernanda Balbinotti, a pena foi convertida - por ela ser ré primária, para prestação de serviços a comunidade, pagamento de 5 salários mínimos e suspensão do direito de dirigir por 2 anos.

Conforme Eriana, o caso estava tramitando pelo rito do júri e, na audiência de hoje, o juiz iria decidir se o juiz iria prolatar uma sentença e, se ela seria de pronúncia, o que levaria a ré para o Tribunal do Júri, ou se nessa audiência seria desclassificado para outro crime, que não competente do Tribunal. "O Tribunal só tem competência para julgar crimes dolosos e como ela foi denunciada por dolo eventual, por ter ingerido bebida alcoólica, estava tramitando. Mas, na audiência de hoje, foi reconhecido a desclassificação, foi entendido que o homicídio que ela praticou não foi com dolo, e sim culposo na direção de veículo automotor".

Segundo a advogada, nesse caso o crime tramita pela vara dos crimes de transito. "Como é o mesmo juiz que analisa o caso, automaticamente ele já julgou o caso e ela já saiu da audiência com a sentença por homicídio culposo na direção de veículo automotor. E as quatro tentativas de homicídio que estavam na denúncia foram desclassificadas para lesão corporal".

Agora, de acordo com Eriana, já está correndo o prazo e o Ministério Público deverá recorrer da sentença.

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