Clonagem da maior e mais antiga araucária do Paraná que caiu em vendaval é concluída, e mudas devem ser plantadas ainda em 2024

Via: G1

 

Pesquisadores conseguiram concluir o processo de clonagem da maior araucária do Paraná, que ficava em Cruz Machado, no sul do estado. A árvore caiu em outubro de 2023 após um vendaval atingir a cidade. O espécime tinha mais de 750 anos de idade, 42 metros de altura e seis metros de circunferência.

Atualmente, as araucárias estão criticamente ameaçadas de extinção, conforme a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

De acordo com o pesquisador Ivar Wendling, o processo de clonagem utilizou uma técnica chamada enxertia, que é a união dos tecidos de duas plantas que passam a crescer juntas. Se o enxerto funcionar, a espécie gera uma muda, que pode ser plantada em outro local.

A técnica preserva a genética da araucária que caiu, passando o material dela para novos espécimes.

Em cinco meses de trabalho, conduzido na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Ivar explica que é possível afirmar que a clonagem deu certo.

Ao todo, 100 enxertias foram feitas – todas estão brotadas. Para serem plantadas, entretanto, ainda será preciso esperar mais tempo.

"Lá por outubro ou novembro elas deverão estar no ponto, onde poderemos decidir o que fazer com elas, se serão levadas para a produtora que é proprietária da área em que a araucária estava, se serão levadas para o município de Cruz Machado... Uma com certeza vai ficar na Embrapa para compor o banco de conservação para as gerações futuras."


Na avaliação de Ivar, a técnica é a garantia de que a genética da araucária que caiu "está a salvo". 

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