Cliente suspeito de matar casal de seguranças a tiros em loja de conveniência é denunciado pelo Ministério Público

Rodrigo Neumann Pires, suspeito de matar um casal de seguranças a tiros em uma loja de conveniência, foi indiciado pela Polícia Civil por duplo homicídio, qualificado por motivo fútil, e tentativa de homicídio.

O caso aconteceu no dia 23 de março em Guarapuava, na região central do Paraná, após o cliente discutir com os profissionais e voltar armado ao local, segundo a investigação. Um terceiro profissional, que chegou ao local após a discussão inicial, também foi alvo de tiros, mas sobreviveu aos disparos.

As vítimas foram identificadas como Vanderley Antônio de Lima, de 31 anos, e Edinéia Gonçalves Oliveira, de 32. Eles eram casados há sete anos e deixaram quatro filhos, de 12 anos, 4 anos e dois gêmeos de 1 ano.

De acordo com uma amiga próxima do casal, no dia do crime, cada um receberia R$ 120 para fazer a segurança da loja de conveniência na madrugada.

O suspeito tem 43 anos e está preso preventivamente. Ele foi localizado horas depois do ataque e permanece detido desde então. Em depoimento, ele confessou o crime e também admitiu que, momentos depois, mandou áudios para o próprio chefe relatando os assassinatos.

A defesa dele afirma que entrou com pedido de Habeas Corpus junto ao Tribunal de Justiça do Paraná solicitando relaxamento da prisão. Para os advogados, a prisão de Rodrigo é ilegal "pelo excesso de prazo para conclusão do Inquérito Policial, em virtude de requerimentos advindos do Ministério Público [MP]".

A Polícia Civil confirmou nesta sexta-feira (5) que concluiu o inquérito e o encaminhou ao MP.

O MP afirmou que "analisa os autos para o oferecimento de denúncia, que deve ocorrer nos próximos dias".

O que diz a defesa

Sobre o indiciamento, a equipe de advogados da Advocacia Nicolau, responsável pela defesa de Rodrigo, afirma que aguarda o oferecimento de denúncia para saber pelo que ele será acusado, já que o MP e a Polícia Civil podem ter entendimentos distintos.

"Contudo, desde logo a defesa entende como descabido o indiciamento do Sr. Rodrigo pelo delito de tentativa de homicídio, pelo fato de que conforme pode se auferir das imagens de câmeras de segurança carreadas ao processo, pode-se observar que Rodrigo efetua um disparo de arma de fogo mirado para o chão, e não especificamente para a pessoa que ali estava. Acrescentamos que Rodrigo estava extremamente próximo a aquela pessoa do lado externo da loja de conveniência, e se fosse seu intento, poderia ter atirado naquela pessoa, mas assim não o fez", afirma a defesa.


Via G1. 

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