União Brasil expulsa deputado Chiquinho Brazão, suspeito de mandar matar Marielle Franco



O União Brasil anunciou a expulsão do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) em uma decisão tomada pela Comissão Executiva Nacional do partido, em reunião realizada na noite deste domingo (24). Brazão é suspeito de ser mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018.


Inicialmente, o partido havia comunicado que o novo presidente da sigla, Antonio de Rueda, solicitava à Comissão Executiva Nacional a abertura de um processo disciplinar para expulsar o parlamentar. Segundo o União Brasil, o estatuto do partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência.


A representação para a expulsão foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (UNIÃO-SP) e relatada pelo senador Efraim Filho (UNIÃO-PB). O partido ressaltou que, apesar de filiado ao União Brasil, Chiquinho Brazão já não mantinha relacionamento com a legenda e havia solicitado ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar.


De acordo com o União Brasil, a decisão da Executiva Nacional aponta que Brazão incorreu em pelo menos três condutas ilícitas previstas no artigo 95 do Estatuto: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito e aos interesses partidários, falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias, e violência política contra a mulher.


"O União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson", afirmou o partido em nota.

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