'Achei que ia morrer', diz brasileira que sofreu estupro coletivo na Índia


No domingo (3/3), Fernanda Santos, uma brasileira que viajava pela Índia com seu marido Vicente Barbera, compartilhou imagens de hematomas em seu rosto, resultado da violência que sofreu ao ser estuprada por sete homens na noite de sexta-feira (1/3), no distrito de Dumka, estado de Jharkhand. 

O casal, que viajava pelo mundo em uma moto, acampava na região quando foram alvo dos criminosos, que além do estupro, também os agrediram fisicamente.


Em um relato angustiante publicado em seu Instagram, Fernanda descreveu o terrível incidente: "Algo aconteceu conosco que não desejamos a ninguém. Sete homens me estupraram, nos espancaram e nos roubaram. Não levaram muitas coisas porque o que eles queriam mesmo era me estuprar. Estamos no hospital com a polícia". 

Ela também enfatizou que, apesar dos hematomas visíveis em seu rosto, o trauma emocional é ainda mais devastador. "Meu rosto está assim, mas não é o que mais me dói. Achei que íamos morrer. Graças a Deus estamos vivos", afirmou.


No sábado (2/3), três dos suspeitos foram presos, enquanto a polícia continua em busca dos demais envolvidos. Fernanda conseguiu pedir ajuda a uma patrulha policial e foi encaminhada a um hospital para receber tratamento. As autoridades indianas abriram uma investigação sobre o caso de violência.


O incidente lança luz sobre a preocupante questão da violência sexual na Índia, que em 2022 registrou uma média de 90 estupros diários, segundo dados do escritório nacional de registros criminais. No entanto, muitos casos não são denunciados devido ao estigma enfrentado pelas vítimas e à falta de confiança no sistema judicial do país, onde as condenações são raras e muitos casos acabam sem resolução.

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