VÍDEO: vizinhos registram explosões em apartamento de coronel que guardava munições em Campinas; granada foi achada

 Vídeos gravados por vizinhos do prédio que foi atingido por um incêndio no bairro Botafogo, em Campinas (SP), na noite de sábado (24), registraram o barulho das explosões causadas pelas munições armazenadas no apartamento que pegou fogo.

Além das munições e pólvora, a polícia encontrou uma granada intacta no imóvel. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM não conseguiu concluir se o artefato estava carregado, mas levou para detonação em local seguro. Segundo a corporação, o explosivo é do modelo M36.

O apartamento é do coronel reformado do Exército Vigílio Parra Dias e fica no primeiro andar do condomínio Fênix, na Rua Hércules Florence. O militar deixou o prédio durante a evacuação e, segundo o boletim de ocorrência, permanecia "em local incerto" até a conclusão do registro. O g1 tenta contato com o coronel.

Trinta e quatro pessoas precisaram receber atendimento médico e foram encaminhadas para o Hospital Casa de Saúde e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São José — nenhuma em estado grave.

O g1 procurou o Exército, na manhã deste domingo (25), para saber se o coronel tem autorização para manter munição em casa e se a forma de armazenamento estava correta. Não houve retorno até esta publicação.

Rapel e escudos balísticos

Ao todo, 44 pessoas que estavam em andares superiores foram retiradas do prédio, parte delas por meio de cordas, em uma manobra semelhante à técnica de descida em rapel.

A tática do Corpo de Bombeiros também envolveu o uso de escudos balísticos da Polícia Militar (PM), que serviram de proteção para que as equipes subissem as escadas do prédio.

"Como a escada estava comprometida, para as vítimas que tinham condições, a gente desceu por essa técnica de rapel por fora do prédio. E as vítimas que tinham mobilidade um pouco mais complicada, a gente ventilou a escada para elas conseguirem descer", explicou o primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros, Rafael Ribeiro Vieira.

"Quando a gente conseguiu identificar que todas as vítimas estavam em segurança, a gente esperou um pouco, diminuiu um pouco essa questão das explosões, aí o Baep nos auxiliou com dois escudos balísticos. A gente conseguiu ganhar o primeiro lance e acessar as vítimas que estavam acima", resumiu.

Diversas viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e outras do Corpo de Bombeiros foram para o local.

Energia desligada

A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), responsável pela distribuição de energia, informou que, por segurança, desligou a energia do entorno do edifício atingido pelo incêndio.

"A companhia ressalta, no entanto, que no momento, já restabeleceu o fornecimento para a maioria dos clientes afetados e apenas o prédio em questão ainda se encontra sem energia".

A concessionária deve religar a energia no edifício após a perícia no imóvel afetado.


Via G1.


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