Cerca de 70 policiais estão envolvidos na operação, que cumpre 33 ordens judiciais, incluindo sete sequestros de veículos, dez prisões preventivas e 16 mandados de busca e apreensão. A ação abrange as cidades de Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná, no litoral do Paraná, e em São Bento do Sul, Santa Catarina.
Os criminosos aproveitavam situações como panes nos caminhões, acidentes ou trânsito congestionado para cometer os crimes. Geralmente, as cargas alvo eram de soja ou fertilizantes. Durante os assaltos, os autores rompiam os lacres dos compartimentos dos caminhões e despejavam a carga na rodovia, onde outros membros do grupo recolhiam.
Após seis meses de investigação, conduzida pelo setor de inteligência da PRF, descobriu-se que os saques eram frequentes na região litorânea do Estado, causando prejuízos financeiros às empresas e ao tráfego de caminhões com destino ao Porto de Paranaguá.
As apurações revelaram ainda que a organização criminosa utilizava uma Organização Não Governamental (ONG) para tentar legitimar a origem das cargas roubadas. A ONG, voltada para dependentes químicos, era acionada para recolher as cargas despejadas no solo, que eram posteriormente entregues aos criminosos em troca de pagamento.
Além dos saques, a organização também se envolvia em atividades ilícitas como receptação, lavagem de dinheiro e falsificação de notas fiscais. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los perante a justiça.
