Quedas do Iguaçu, PR - Há um ano, a saída da Araupel impacta significativamente a economia local, uma vez que a empresa costumava ser um pilar fundamental para o comércio da região. A expectativa de um aporte financeiro de R$ 5 milhões neste mês de dezembro, que tradicionalmente era injetado pela empresa, não se concretizará.
A decisão de demitir mais de 1.100 funcionários no início de 2023, com alguns migrando para Guarapuava, trouxe consigo a perda de empregos diretos e indiretos, afetando a rotina de pagamento salarial e desencadeando impactos em diversos setores do comércio.
Dados levantados indicam prejuízos substanciais para empresas locais, como uma do setor de combustíveis que perdeu mensalmente R$ 500 mil devido à ausência dos caminhões que transportavam a madeira. Ao final de 2023, a previsão é de uma perda de receita superior a R$ 6 milhões no ano.
Quanto aos supermercados, lojas de roupas, materiais de construção e diversos outros segmentos, as perdas ainda não foram totalmente mensuradas, mas a perspectiva é de que sejam expressivas.
Enquanto Quedas do Iguaçu enfrenta esses desafios econômicos, a Araupel/Millpar está investindo aproximadamente R$ 40 milhões em sua unidade industrial em Guarapuava entre 2022 e 2023. Projetam uma produção mensal de 250 contêineres de molduras em madeira, gerando até 1,5 mil empregos.
Após a mudança para Guarapuava, a antiga Giacomet/Marondin, agora Araupel e atualmente Millpar, mantém-se como a segunda maior fabricante do setor no Brasil e a quarta em toda a América Latina, representando 20% das exportações nacionais de produtos acabados em madeira.
Mais de 60% dos funcionários demitidos pela Araupel deixaram Quedas do Iguaçu em busca de novas oportunidades, aumentando o desafio para a cidade se reinventar e atrair novos investimentos.
A comunidade aguarda ações e posicionamentos por parte dos gestores públicos e do Judiciário diante desse cenário desafiador.